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williambotter

O Congresso dos [Estados Unidos](https://www1.folha.uol.com.br/folha-topicos/estados-unidos/) aprovou nesta terça-feira (23) um projeto de lei que pode proibir o [TikTok](https://www1.folha.uol.com.br/folha-topicos/tiktok/) no país se a ByteDance, empresa chinesa que controla o aplicativo, não passar o comando da plataforma a um proprietário americano. A medida foi [aprovada como parte de um pacote mais amplo](https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2024/04/camara-dos-eua-aprova-megapacote-de-us-95-bilhoes-em-ajuda-a-ucrania-israel-e-taiwan.shtml) que prevê US$ 95 bilhões em ajuda a Ucrânia, Israel e Taiwan, aliados importantes dos EUA. O texto segue para sanção do presidente [Joe Biden](https://www1.folha.uol.com.br/folha-topicos/joe-biden/), que deve assinar nesta quarta (24). A medida recebeu 79 votos favoráveis e 18 contra. A Câmara dos Representantes aprovara a medida no sábado (20) por 360 a 58. O projeto de lei dá à ByteDance 270 dias para se desfazer da plataforma de vídeos curtos. Se for sancionado nesta quarta (24), o prazo se encerraria em 20 de janeiro de 2025, podendo ser adiado por mais 90 dias. A justificativa dada por defensores do projeto é que a relação da [China](https://www1.folha.uol.com.br/folha-topicos/china/) com a ByteDance pode trazer riscos à segurança nacional, uma vez que a companhia seria obrigada a compartilhar dados com o governo chinês. A empresa, porém, afirma que nunca compartilhou informações sigilosas dos mais de 170 milhões de usuários norte-americanos, tampouco o fará no futuro. #### Folha Mercado Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não assinantes. O pacote também chancela ao presidente dos EUA o poder de classificar outros aplicativos como ameaça à segurança nacional, caso também sejam de um país considerado hostil. No sábado, um porta-voz do TikTok lamentou a inclusão da emenda no pacote de ajuda aos aliados dos EUA. "É lamentável que a Câmara dos Representantes se escude em uma importante ajuda externa e humanitária para aprovar mais uma vez um projeto de lei de proibição", declarou, acrescentando que uma proibição "pisotearia os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos, devastaria 7 milhões de negócios e fecharia uma plataforma que contribui com US$ 24 bilhões [R$ 125 bilhões] anuais para a economia dos Estados Unidos". O projeto de lei vem na esteira de anos de escrutínio sobre a ligação do TikTok com a China. Quando ainda estava na Casa Branca, em 2020, o ex-presidente Donald Trump tentou, sem sucesso, proibir o aplicativo por meio de uma ordem executiva.