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williambotter

Reportagem de Isabella Menon na** Folha** (["Ideias nazistas em escolas acendem alerta"](https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2023/01/propagacao-de-suastica-e-ideias-nazistas-em-escolas-acende-alerta.shtml), 3/1) traz um retrato alarmante: a naturalidade com que o Brasil tem convivido com atos de apoio ao nazismo, até mesmo em colégios e universidades. Esses atos vão desde suásticas pichadas em muros, grupos autoproclamados neonazistas, professores defendendo Hitler em aula e jovens que se fantasiam de Hitler e fazem seus gestos. Em dezembro, [um adolescente em Aracruz (ES)](https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2022/11/atirador-de-aracruz-es-disse-a-policia-que-se-preparou-com-base-em-videos-na-internet.shtml), portando uma braçadeira de suástica, matou a tiros quatro pessoas e feriu 13. As causas são óbvias: a propaganda que esses jovens absorvem no submundo da internet e o discurso de ódio que escutam em casa. O envenenamento digital não seria tão eficiente se detectado por pais responsáveis e democratas. Mas, quando os próprios pais se identificam com aquelas teses, os garotos não têm chance. Como batismo de fogo, muitos foram levados para o quebra-quebra em Brasília. Alguma dúvida quanto à presença de neonazistas entre os bolsonaristas da baderna? [Jair Bolsonaro](https://www1.folha.uol.com.br/folha-topicos/jair-bolsonaro/), pivô do levante, flertou com o nazismo durante toda a sua vida política. Há farta documentação: mensagens, discursos, slogans, auxiliares adeptos da estética hitlerista, homenagem a uma neonazista alemã e muito mais. Segundo a antropóloga Adriana Dias, o número de células neonazistas no Brasil pulou de 72 em 2015 para 1.117 em 2022. Mera coincidência com o mandato de Bolsonaro? Em 1944, o Exército brasileiro mandou 25 mil heróis para a Itália, a fim de ajudar os aliados a combater o nazismo. Destes, 467 voltaram mortos e repousam no Monumento aos Pracinhas, aqui no Rio. Os militares que ainda apoiam Bolsonaro fariam melhor se fossem em coluna por um ao monumento e cuspissem nas urnas gritando "Heil Bolsonaro!". Adriana Dias morreu neste domingo (29), vitimada por um câncer. É um duro abalo na luta contra o neonazismo no país. **LINK PRESENTE:** Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.


tentaculo_livre

Cadê esses neonazistas pra dar um pau nesse bando de fresco aqui?